Último dia em Belo Horizonte

A quinta-feira amanheceu chuvosa, o tempo foi nosso aliado todos esses dias, não dava nem para reclamar. No turno da manhã realizamos um city tour por BH. Fomos à Rua do Amendoim que a água sobe em vez de descer, irei estudar o fenômeno posteriormente. Visitamos o Mercado Central, onde se comercializa de TUDO o que se pode imaginar, é fechado e muito organizado.
A Lagoa da Pampulha continua linda nos seus dezoito quilômetros de extensão. O Museu de Arte Moderna estava com uma exposição de fotos e vídeo muito interessante e o Sol resolveu aparecer para possibilitar fotos.
A Igreja de São Francisco de Assis, uma obra de Oscar Niemeyer e pinturas de Portinari é ponto turístico obrigatório.
Os estádios Mineirão e Mineirinho estão em reforma para a Copa e nosso motorista expressou sentimento pela obra que irá descaracterizar o local.
Nesses quatro dias de passeio percorremos mais de mil quilômetros entre BH, nosso ponto de apoio, e as sete cidades visitadas, tivemos a nossa disposição uma van e um motorista calmo e discreto assim como guias de turismo cultos e simpáticos o que tornou nosso passeio um sucesso. Não poderia deixar de relatar que é época de baixa temporada o que facilitou todos os acessos e uma maior liberdade. Destaco estradas duplicadas, precisando de reparos, mas que facilitava a fluidez do trânsito. Como viajamos para várias direções, a paisagem mudava, principalmente a vegetação e a ocupação do solo. Observamos áreas de mineração e a presença da Vale do Rio Doce na extração e transporte de minério de ferro.
Fazem exatos 24 anos da última vez que visitamos a região e não expresso mais que em BH moraria, tornou-se muito congestionada e populosa, me senti mais a vontade no RJ para deslocamentos solos do que em BH, mesmo sendo planejada e de fácil localização era muita gente nas ruas... segundo seu Celso, o motorista, na volta às aulas é pior.
A viagem de volta teve escala em Congonhas SP, onde pudemos ver artistas, pena que não somos tietes... sem fotos.
Chegamos a POA, às 19 horas e 15 minutos, e foi muito bom ver o nosso povo, posso ser caracterizada de bairrista, mas somos mais bonitos e simpáticos.
Foram seis dias no total, mais sinto como se tivesse feito um curso intensivo de arte, literatura, política, religião, história e geografia. Não posso deixar de realçar que a globalização sempre existiu observando nas obras do barroco influência oriental e europeia.
Acabei de ler o livro “ Comprometida” de Liz Gilbert e fiquei com vontade de viajar pelo mundo e poder partilhar minhas observações por escrito como não posso faço diários de viagem para brincar, diga-se de passagem, faz muito bem a alma.