A arte de viver

Faz dias que estou me ensaiando para escrever, mas sinto-me aprisionada nas palavras que não podem ser escritas, nos sentimentos que não devem ser revelados. Não tenho pretensão nenhuma com esse blog, a não ser desabafar, ou escrevendo exorcizar pensamentos ou quem saber me convencer do que é certo, como se soubéssemos o tempo todo o que é certo.
Tenho ocupado meu tempo com leitura de lazer, sem pretensão de construir suporte intelectual para o que quer que seja. Uma leitura de fuga do cotidiano e se não tivesse esse hábito e fonte de grande prazer, nos últimos dias teria...
Tolerar frustração com menos dor, é um exercício que nem sempre tenho êxito ao executar, mas as férias são esperadas com a inocência de uma criança pela vinda do Papai Noel, acreditando na magia que o inusitado proporciona. Esse é ônus de quem vive de intervalos, e sem dúvida as férias é o maior deles. Imprevistos acontecem, eu sei, mas o ano é tão longo para quem o trabalho absorve tanto que é impossível não sentir pesar.
Não posso nem me queixar, conseguimos realizar uma viagem, mas dois outros passeios programados foram adiados, sinto pelo meu marido que tirou só três semanas de férias e merecia muito a nossa programação.
A espiritualidade nessas horas é de inestimável valor, é um bálsamo para ajudar aceitar o que não pode ser mudado e a se colocar nas mãos de Deus. Acredito que tudo tem um propósito, e que devemos aprender sempre, peço que eu aprenda logo e como uma otimista irritante que sou,esse ano será realmente 11, isto é, muito mais que 10, espero.
Concordo com o nosso grande poeta Mário Quintana:
A arte de viver é simplesmente a arte de conviver... Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!