quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O rap

Então, cheguei no AXO, na quinta-feira dia 23/09 e recebi a informação e ou convite, da minha equipe de gincana de professores de apresentar um rap. Como sou muito responsável, e não ajudei em nada, não pensei na possibilidade de dizer não, e aí começa a minha saga.
Solicitei da Arieli da turma 102 uma letra e ela fez, do Maicom da turma 101 recebi a batida, escolher a melhor para a letra ficou por conta de dois alunos da turma 63 da EENAV, o José e o Pedro. O Matheus da turma 321 do Integrado me emprestou uma corrente e a Mariana da turma 221 a calça para compor o visual. Os passos, esses tiveram vários professores,mas a Cíntia, a Elenize e a Daniele alunas da turma 102 do AXO foram incansáveis e ouvir de alguns meninos que eu não tinha “jeito” foi a parte mais divertida.
Da Giulia recebi teoria, movimentos e vídeos do You Tube e é claro o veredicto: “Mãe, você parece uma marionete, quando mexe os braços, esquece as pernas, se solte”.
A minha auto estima começou a ficar abalada, pois não é tão fácil assim, eu adoro dançar, mas do meu “jeito”, fiquei pela primeira vez, com vontade de fazer aula de dança e imitar alguém.
Agora, irei adequar a batida com a letra, quanto aos movimentos seja o que Deus quiser, uma coisa é certa, foi uma semana divertida, pois várias turmas informadas da minha missão me ajudaram e riram muito de mim, faz parte do show.
Amanhã é o grande dia, se não houver comentários da minha parte, seja elegante e nunca toque no assunto, talvez só horas de terapia resolva, hahaha.

domingo, 26 de setembro de 2010

Eleições 2010

Quando criança, então época da Ditadura Militar, em Esmeralda, existia dois partidos políticos, a Arena e o MDB, as famílias eram conhecidas como militantes de um ou outro partido e as rivalidades seguiam ao túmulo. Época de eleição era uma “guerra” ainda mais para mim que pertencia a famílias tradicionais e rivais na política, meus bisavôs foram fundadores da cidade. Tudo era intenso e muito sério na percepção de uma criança.
Acompanhei pela mídia o adoecimento de Tancredo Neves, então líder e mártir de era pós ditadura e democracia que estava nascendo.
Lembro, como se fosse hoje, o Plano Collor sendo anunciado na TV e o pânico de quem tinha todo o seu dinheiro em aplicações financeiras.
O governo Itamar Franco, com a estabilização da moeda e depois Fernando Henrique Cardoso, com sua política neoliberal, tão criticada pelos opositores, mas hoje avaliada como decisiva para o desenvolvimento do Brasil atual.
Os oito anos do Governo Lula chegam ao fim e o país apresenta números antes nunca imaginados seja em índices sociais, seja em infra-estruturas, juntamente com escândalos de corrupção, diga-se de passagem, presentes em nossa história desde sempre.
Agora um novo pleito se avizinha e iremos democraticamente às urnas escolher nossos representantes e então recordo da infância durante o “milagre brasileiro” ( década de 70), a adolescência na “década perdida” ( década de 80), o casamento na “era das privatizações” ( década de 90), a maternidade no início da estabilização econômica e hoje pertenço a um país caracterizado como emergente, participante do G 20 e aspirante a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Passei por todas essas revoluções e quando estamos no processo é muito difícil avaliar, mas dia 03/10 é decisivo para continuarmos construindo nossa história, o seu e o meu voto fazem a diferença.Leia, pesquise, pergunte e exerça a sua cidadania, vote com consciência.

Estão todos bem

Este filme, protagonizado por Robert de Niro, possibilita uma incursão ao universo familiar de uma forma muito singular. A pergunta que fica é qual a cobrança que se deve fazer aos filhos, ou ainda, a tênue linha entre exigência e semear sonhos e depois aceitar as escolhas dos filhos, que talvez seja diferente do que foi sonhado pelos pais.
A história mexeu comigo, porque sou exigente com minhas filhas e trabalho muito para que tenham um futuro bom. Mas e se essa cobrança servir para paralisar e não para impulsionar? As dúvidas são muitas, como indivíduos únicos, não existem receitas, aí reside o maior desafio e angústia para nós pais.
O que é mais definitivo na construção humana, a genética? O ambiente? O exemplo? As experiências? Às vezes possuo todas essas respostas, às vezes espero o futuro me responder e com fé acredito estar no caminho certo.
Cresci e me construí num ambiente de professores, logo, eu queria ser uma. Hoje, analiso e vejo que deveria ter construído mais, feito mestrado e doutorado, trabalhar menos e possuir uma remuneração digna. Talvez seja por isso que sou tão exigente, planto em minhas filhas o buscar mais para que no futuro não se arrependam por terem menos do que poderiam e mereciam. De quem é a culpa? Somente minha e do meu livre arbítrio que através dos modelos escolhidos e do contexto social e econômico da época julgou ser suficiente ser aprovada em dois concursos estaduais (primeiro e segundo lugar), um concurso municipal que não assumi, aprovação numa especialização na UFRGS que optei por realizar na UPF ( filhas pequenas na época), escolas particulares desde sempre e muito trabalho a dezessete anos.
Voltando ao filme, Robert de Niro, viúvo, resolve visitar os filhos que moram espalhados pelos EUA, de surpresa, após todos os quatro terem desmarcado um encontro familiar. Surpreso fica ele ao constatar o quanto tinha sido poupado por sua esposa da história de vida de seus filhos, justamente por ser muito exigente. Ele tinha muito orgulho da história que construiu sobre os filhos, mas...
Assista, se emocione, se irrite com o simplório Pai e reflita como pais e ou como filho o lugar e a importância de cada um nessa construção tão ímpar que é uma família.

sábado, 18 de setembro de 2010

Melhoreeei

Depois de literalmente ter passado uma semana doente, acordei muito bem hoje, sinto-me como esse sol maravilhoso que brilha lá fora e ainda estou na expectativa de após o almoço visitar Mamãe, o que é tudo de bom. Se não tivesse melhorado é lá que eu iria, junto à natureza, onde o tempo passa bem devagar e tudo o que não é essencial para a manutenção da vida deixa de ter importância. Às vezes penso que um dia vou e não volto mais.
É interessante observar como somos teimosos, falo de mim, mas vejo em outras pessoas também, ficamos dando murros em ponta de faca e achamos que somos invencíveis, até o nosso corpo dar um basta, seja numa doença passageira, seja num câncer terminal, cada dia acredito mais que somos os maiores responsáveis pelas nossas doenças, o emocional tem um peso decisivo para a manutenção da vida e agregando com o espiritual podemos chegar mais fácil ao equilíbrio.
Acredito que esses dias de “repouso” não terão sido em vão, cada grande mudança na vida serve para uma reflexão e consegui ter mais clareza do que é realmente importante, chega do já, agora, sempre e tudo. Custos benefícios serão avaliados e ISO 9000 deixemos para os japoneses.
Meu lema: “Acalme meu passo Senhor, preciso chegar”.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ainda estou

Acordei no domingo com muita dor no corpo e na cabeça, a ponto de querer ir ao pronto socorro às 9 horas. O mal estar era tanto que cheguei chorando, a médica após exame clínico diagnosticou uma otite e fibromialgia, isto é, dores em todo o corpo provocadas por estresse, bingo, lá estava eu fazendo soro com medicação para passar a dor em pleno domingo de manhã, dia e hora que adoro estar em casa lendo e ou preparando aula e ainda estava levando um sermão da médica a respeito da minha rotina de trabalho. Saí com atestado para cinco dias de repouso. Fiquei literalmente de cama domingo, segunda e terça-feira, hoje trabalhei de manhã e passei de cama até às 16 horas, sinto-me cansada, sem energia e preocupada com a demora em melhorar.
Sei que preciso parar um pouco, mas estamos quase no final do ano e quero terminar 2010 com saúde e disposição.
Não me lembro de ter passado tanto tempo me sentindo doente, achei que a minha boa vontade e otimismo era capaz de superar tudo, meu organismo se rebelou, com razão, eu entendo, mas sentir o quanto somos mortais é uma sensação nada boa.
Respeitar os nossos limites é ainda a atitude mais correta a tomar.

sábado, 11 de setembro de 2010

Assim estou

Escrever quando se está bem, motivada por algum estímulo externo e ou acontecimento feliz é muito bom, hoje, porém, estou me sentindo doente, isto é, estou doente. Talvez seja uma virose (nome que se dá para tudo o que não se têm diagnóstico preciso), talvez esteja gripada, com crise de renite ou simplesmente muito cansada que meu organismo sabiamente me fez parar. Sabiamente porque só posso me dar ao luxo de parar no final de semana. Quem sabe foi estresse do tanto que trabalhei no feriado para colocar tudo em ordem (corrigi 2500 questões subjetivas de um trabalho da EENAV, fechamento do AXO, etc.).
Uma coisa é certa, como é bom estar se sentindo bem e com disposição para trabalhar, hoje na Feira Cultural do AXO só tinha vontade de chorar de tão mal que estava, ainda bem que a Sofia viu e me mandou embora, acho que nem tchau eu dei.
Perdi o meu sábado à tarde, que é tão feliz, a começar pelo almoço em família, café no Bourbon e conversa com a minha comadre até umas horas da tarde, por horas na cama de repouso e com muitas dores no corpo e na cabeça.
Senti necessidade de registrar esse momento, em que não tenho vontade nem de ler a ZH, nem de ver os filmes que foram pegos e nem de continuar o meu livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil e ainda perdi de jantar com amigos. Minhas filhas foram para uma Festa de 15 anos, lindas e maravilhosas e eu já estou com o sentimento do ninho vazio. Deprimida, eu? Vai saber.
Se eu fosse espirituosa diria que o 11/09/2001 está acontecendo em mim, entenda como quiser, mas não leve muito a sério, pois sou muito teatral.
Tudo passa, amanhã é um novo dia e preciso estar muito melhor para encarar mais uma semana de trabalho.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Os bastidores

A Gi tinha o prazo até maio para decidir se queria uma festa de 15 anos ou uma de 16 a moda norte americana, decidiu no último prazo pela festa esse ano. Então era rezar para que o clube e os profissionais escolhidos tivessem disponibilidade na agenda, como por encanto, em uma semana todos os contatos foram feitos e a data marcada.
Começaram então os preparativos: a escolha do vestido foi tensa, não houve acerto no primeiro encontro, mas no segundo a Patrícia do ateliê com a Iraci entendeu o “jeito da Gi” e estava resolvido. O encontro com a Maninha da decoração foi mais fácil, pois ela captou de primeira tudo o que a Gi não queria.O fotógrafo Claúdio Tavares e a Master Vídeo Produções se depararam com uma cliente exigente, crítica e fora dos padrões comuns. Provar os doces da Dona Néia foi à etapa mais fácil. As fotos para o book foram um parto, pois o tempo não ajudava, ele ficou lindo, diferente, mas atrasou muito os convites. A elaboração do convite foi inesquecível, até a atendente da DZ Graf ficou surpresa pela rápida escolha já que o mesmo estava todo planejado pela Gi. Elaborar o cardápio foi tranquílo, pois a Lizete é especial. O contrato da banda ficou por conta do Cristian e da Giulia já que são todos amigos. A conversa com o DJ Joy sobre as músicas foi controversa, mas no final deu tudo certo.
Parece tudo tão simples e até foi, mas administrar o estresse na última semana só com muita paciência por parte de nós pais que contratamos profissionais competentes e confiamos que tudo daria certo. Foram inúmeros e-mails trocados com a Lights up de POA e com o Thiago da decoração e organização, ambos foram maravilhosos.
Consegui passar esses meses sem divulgar informações sobre a festa, nem para a família, para que não houvesse grandes expectativas e nem opiniões, já que o objetivo era agradar a Gi e ela sabia principalmente o que não queria.
Hoje, quase uma semana depois, já estou com saudades da adrenalina e felicidade daquele momento, eu estava realizada tanto quanto o dia em que a Gi nasceu. Tudo saiu como planejado, dentro das expectativas dela e como ela queria, só saiu do protocolo a homenagem que eu fiz a pedido dela e estou curiosa para ver na filmagem o meu desempenho, já que não chorei, afinal já havia chorado muito durante a escrita do texto.
Agradeço a todos que prestigiaram momento único e inesquecível de nossas vidas, principalmente aqueles que ficaram até o final, a galera feliz.
A vida é feita de momentos e partilhá-los com nossos afetos torna nossa passagem por aqui mais significativa.