domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ser sal da terra e luz do mundo

A liturgia desse domingo nos convida a ser sal da terra e luz do mundo. Mas o que isso significa?
A função do sal é dar sabor aos alimentos, na medida certa é indispensável para uma comida saborosa porque comida insossa não tem quem consiga comer, existem muitas pessoas que passam pela vida sem saber a que vieram ou tão centrada em suas individualidades que perdem a oportunidade de ser sal, isto é, de ser conselho, ombro amigo, temperança e de transmitir para o outro o quanto ele é importante ou quem sabe ajudá-lo a descobrir. Sempre penso que as pessoas que de mim se achegarem devem se sentir melhor ao sair, valorizadas. Infelizmente percebo um número significativo de pessoas que enquanto falam de suas vidas, seus feitos e dos seus são simpáticas a presença do outro, mas quando é para ouvir, aí a brincadeira perde a graça. Sinto que estamos vivendo relações doentes, insossas, onde predomina as aparências reforçadas pelas máscaras que se usa para representar os papéis que escolhem viver na sociedade. E isso não tem haver com nível intelectual, muito pelo contrário, pessoas mais simples se portam de maneira mais humana e solidária, não precisam se esconder atrás de títulos e dinheiro, sabem a que vieram.
Luz, como é bom conviver com pessoas iluminadas, elas nos fazem bem, nos inspiram, não precisam esconder suas fragilidades, mas usam da esperança que a espiritualidade proporciona para viver no coletivo de maneira significativa. Essas pessoas muitas vezes sofrem principalmente quando convivem com pessoas “treva”, sugadoras da energia vital das pessoas de bem, somente a oração diária e a proteção divina é que fortalecem seres iluminados contra as forças do mal representadas pela inveja, egoísmo, presunção e assemelhados.
Que persigamos diariamente ser sal da terra e luz do mundo, mas que também aprendamos a conviver com seres insossos e que ainda não encontraram o caminho da luz, sejamos então testemunho de uma vida cristã.

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