domingo, 24 de outubro de 2010

Catarse

Escrever para mim é uma catarse. Uma forma de me colocar sem pesar, isto é, nesse cotidiano de muito trabalho e pouco tempo é impossível partilhar com os afetos o dia a dia, opinar seja sobre a situação do tempo, seja do cenário político, seja de qualquer instância da vida.
Esse blog começou de brincadeira e tornou-se uma válvula de escape para canalizar minhas emoções como a de hoje ao ouvir relatos da viagem de Mamãe pelo Nordeste. Sentir a sua alegria, ouvir que andou em um barco de 180 lugares, de buggy, de teleférico, que subiu uma duna muito alta, se aventurou de coletivo urbano por Aracajú, viu o Rio São Francisco, visitou praias onde foram filmadas novelas e filmes, etc.
Quando que há alguns anos atrás eu ouviria tais relatos? Quando que ouviria que o próximo destino será Portugal e Itália no ano que vem? Realmente a vida é cheia de mistérios e o ser humano uma caixinha de surpresas. Precisamos desconstruir conceitos e preconceitos e nos atirar nessa experiência única que é viver.
Assim vejo luz no final do túnel e daqui a onze anos estarei também aposentada (se a Lei da Previdência não mudar por aqui também) e com esse mundão de Deus para desbravar.
Em momentos assim o samba (meu hino) de Martinho da Vila vem à cabeça “viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz...”

Nenhum comentário: