Fragmentos de uma carta

Salientar que amo a vida, que tenho a alegria como opção e o trabalho como justificativa para minha existência não é novidade para quem convive comigo e enxerga a minha essência.
Acabar um ano letivo atípico e receber tanto carinho e reconhecimento de adolescentes inteligentes, críticos e cultos é no mínino um refúgio na tempestade em que vivo hoje.
Esse menino, futuro acadêmico do Curso de Direito da UPF, autor da referida carta é um intelectual da escrita e das artes, toca piano e aprecia música clássica como eu, um ser de raro valor.
Vou divulgar alguns trechos da carta para partilhar uma escrita culta, carregada de sentido e de sentimento e muito apropriada para minhas atuais necessidades: “(...) Entretanto, como os caminhos não são feitos exclusivamente por pedras cinza, posso dizer, com muita sinceridade, que pelo meio do caminho havia uma jóia. Ainda não atingi uma conclusão precisa; não sei se era devido os cabelos incendiados, personalidade raríssima, o espírito imenso ou, então, a um atado de todos, só sei que aquelas manhãs de quinta e sexta jamais poderão ser encaixadas naquilo que chamamos rotina. Afinal, quando um espírito nobre dedica-se a uma causa justa com todas as forças de que dispõe, o resultado não pode ser menos glorioso. Assim, com uma inabalável alegria, como dizia Shakespeare, não de uma pessoa “de uma tempestade de verão”: exultante, mas serena, inabalável, mas compreensiva; este grande diamante que, momentaneamente, responde por Sumaia, fez toda sua luz incendiar nossas antes insossas manhãs (...)
(...)Quando as dificuldades vierem, quando os céus acinzentarem, lembre-se que não há respostas em qualquer lugar senão em si mesmo. Certa vez, em um momento de dificuldades, como adoro frases de efeito, elaborei a seguinte: “ Sortudo é aquele capaz de encontrar respostas em sua própria obra”(...)” e colocou um trecho do me blog do dia 23/10.
O que posso dizer diante de uma escrita assim? OBRIGADA Rafael e que Deus te proteja sempre!