quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Paraninfa da Turma 321 do Integrado

No início do ano, quando expressei que 2010 seria o meu ano, não imaginei que dentre tantos desafios iria receber este carinho e reconhecimento, esse foi o meu sentimento.
Ontem, na Turma 321 do Integrado, recebi a noticia de forma inesperada que seria a paraninfa da turma. No início achei que estavam brincando, quando percebi não se tratar de uma falácia, fiquei assustada e preocupada, esperam de mim uma fala muito peculiar, explico, possuímos uma relação que há olhos comuns é muito incomum. Existe uma reciprocidade de afeto, bem estar e boa relação, expressa por palavras e ações, que só no contexto da sala de aula pode ser entendido, e para alguém mais crítico, jamais será compreendido, sendo mais clara: a minha xícara de água sumia durante as aulas, quando não era partilhada por alguns “falcatruas” , assim como o mapa e material de cima da mesa; virar para o quadro, uma temeridade, algo sempre acontecia. Na última aula, tive que ir ao banheiro com todo o material e ainda no retorno minha mesa tinha sumido, ou melhor, estava escondida entre os grupos.
Alguém de fora, pode fazer muitas leituras, algumas nada favoráveis a meu respeito, mas acredito que educação é interação, existe um currículo oculto, que talvez seja o mais importante, aquele que se estabelece na relação professor alunos, são os exemplos de vida, testemunhos do cotidiano de que se pode ser feliz e como muito bem palestrou a Mãe da Elize, no Interação UPF, a educação deve servir para esperançar , talvez seja isso que nos uniu.
A Turma 321 é inteligente, sagaz, crítica e afetuosa, foi um grande desafio trabalhar com eles, possuem leitura de mundo, cultura formal e também bizarra, quando queriam me enlouquecer na atividade de socialização das notícias. Foi difícil construir essa relação, precisei desenvolver a habilidade de flexibilidade para aceitar as brincadeiras e ao mesmo tempo estabelecer o ambiente necessário para o aprendizado.
Acordei hoje, às 5 horas, com a preocupação do discurso, visto a expectativa deles em relação a minha fala, temo decepcioná-los, esperam uma performance mais descontraída, que me é característica e que pode ser interpretada por colegas, direção e familiares como inapropriada para a solenidade.
Muitas idéias passaram em minha cabeça, mas no momento só posso escrever como forma de extravasar meus sentimentos e ficar arquitetando, como me colocar no discurso, atingindo suas expectativas, com uma fala singular e movida pela emoção, sem ser piegas.
Gostaria de usar dos clássicos infantis dos Irmãos Grimm para semear o sonho, das histórias de mil e uma noites de Zerazade para dizer da importância da esperança e das lendas tribais para contextualizar com a cultura universal, buscando nos quatro cantos do mundo uma forma de dizer MUITO OBRIGADA por ter tido a oportunidade de conviver com Eles e me construir enquanto docente, com mais leveza, mas não com menos sabedoria e conhecimento.

Um comentário:

Unknown disse...

Tentei comentar aqui outro dia e não consegui.
Sumi, Susu, Sumaia, nós amamos você e amamamos deixa-la de cabelo em pé.

Nos divertimos muito nas suas aulas e lembraremos eternamente,com muita saudade e vontade de voltar o tempo, da SUSU!

Porque outra SUSU não há e nem nunca haverá!


Beijããão prô!