sexta-feira, 18 de junho de 2010

Invictus

A África do Sul está sediando um dos acontecimentos esportivos mais importantes, a Copa do Mundo de Futebol, mas não é futebol que irei abordar, mas sim um conceito que surgiu na década de 40, apartheid, com base na idéia de que deveria haver um “desenvolvimento separado” de brancos e negros na República da África do Sul. Na prática, isso significou um racismo que, por ser institucionalizado e oficializado por leis até 1991, não encontrava paralelo no restante do mundo.
Em 1990, após 28 anos de prisão, Nelson Mandela líder do Congresso Nacional Africano e pertencente ao grupo que se opunha à política de segregação racial, imposto pela minoria branca, foi eleito em 1994 presidente do país.
O filme Invictus, que também concorreu ao Oscar, narra um episódio do governo de Mandela que para criar um sentimento de nação em um país dividido socialmente, vê uma chance no Campeonato de Rugby, esporte popular só entre brancos, unir boa parte da população em torno da torcida pelo time, superando barreiras raciais.
O contexto Copa do Mundo trouxe a tona esse período nefasto da história da África do Sul e o lançamento do filme esta semana nas locadoras torna possível fazer uma leitura de conjuntura e concluir que cada vez mais devemos caminhar na construção de uma sociedade plural e democrática, reforçando leis como a do racismo e apoiando políticas de inclusão social que aos poucos se tem tentado implementar no Brasil.
Fica o pensamento do final do filme que teria motivado Mandela na prisão a não desistir de lutar pelo fim do apartheid : “ Eu sou o mestre do meu destino e o capitão de minha alma”

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