sábado, 12 de dezembro de 2009

Já fazem dois anos

Parece que foi ontem, que recebia a notícia que a Vó Cacilda estava no hospital e que era grave. No dia seguinte estávamos recebendo o diagnóstico de que em poucas horas não teríamos mais a Vó entre nós. Até hoje sinto aquele aperto no peito, aquele nó no estômago e a vontade que fosse tudo um pesadelo. Em menos de quarenta e oito horas estávamos enterrando a Vó a duas semanas do Natal de 2007.
Consegui me despedir dela na CTI e agradecer por todos os legados da sua exemplar existência, mas nunca mais consegui entrar na sua casa e muito menos partilhar seus pertences.
Ela era positiva, batalhadora, religiosa e como uma fênix, renasceu das cinzas muitas vezes no decorrer da vida. Entusiasmada (me identificava com seu gosto por moda e acessórios), gostava de tudo o que era bonito, conversava sobre todos os assuntos, era cheirosa e cozinhava muito bem. Possuía uma imensa preocupação com as datas comemorativas, comprava os presentes com antecedência e os primeiros aniversários após sua partida foram muito tristes, pois era a primeira a telefonar. Justa, correta nos negócios, uma empreendedora. Quando lojista, conhecia o gosto de cada cliente e era venda na certa.
Residiu em muitos lugares, estes que fazem parte da minha memória emocional: da praia a minha fase das paqueras, em Douradina conheci metade do Paraná e em Esmeralda na minha idade quase adulta o convívio fortaleceu os laços afetivos.
Ela era “por conta”, e assim foi embora com a mesma autonomia que norteou sua vida.
Hoje na Missa fizemos a Liturgia (Eu e as Meninas) e tenho certeza que Ela estava feliz com a homenagem, até o Coral estava na Celebração, foi muito bonito.
Sou muito grata a Vó Cacilda que continua presente entre nós e através da minha Mãe realizando sonhos.

Um comentário:

Vanesca Z. D. Helbling disse...

Su,
o tempo passou muito rápido mesmo. Agradeço a Deus a oportunidade de ter conhecido a Vó Cidoca, e de ter convivido com ela... Ela sempre foi muito querida comigo e com o Luís, e justamente por ter uma cabeça maravilhosa, nos acolheu na família com tanto carinho.
Tenho comigo os últimos momentos que passei com ela no hospital... e a sensação de impotência por vê-la indo tão rápido e sem poder fazer nada.
Tenho a mais absoluta certeza de que ela está num lugar lindo, olhando por toda a família com muito carinho!
Mas as idas para Esmeralda nunca mais serão as mesmas...
Beijos